Perfil que tradicionalmente demanda crédito, os pequenos empresários e empreendedores tendem a encontrar barreiras para acessar recursos financeiros. Essa dificuldade costuma ser atribuída a fatores como alto índice de informalidade, falta de garantias e uma cultura de baixo planejamento de fluxo de caixa.
No entanto, a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito, entidade que representa os birôs de crédito e que atua para o desenvolvimento sustentável do crédito no país, aponta que a falta de preparo prévio por parte dos empreendedores no momento de pleitear recursos é um dos motivos que pode explicar parte da recusa de crédito para PMEs.
Dados de pesquisa recente elaborada pelo Sebrae e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que apenas três em cada dez proprietários de pequenos negócios que buscaram empréstimos junto às instituições financeiras em julho obtiveram crédito. O número é dez pontos percentuais menor do que o do mês de abril. A queda de acesso ocorre ao mesmo tempo em que a busca por crédito aumentou, indo de 27% (abril) a 32% dos empreendedores (julho), de acordo com a análise.
“O empreendedor deve se perceber como um agente importante da cadeia de crédito em vez de apenas delegar a responsabilidade por uma eventual recusa aos demais agentes do ecossistema. Ele também deve avaliar as razões que tornam as instituições financeiras mais cautelosas na oferta de crédito aos pequenos negócios. Assim, antes de solicitar crédito, o empreendedor deve ter um diagnóstico realista da situação da empresa, seguido de uma análise aprofundada sobre a finalidade do crédito, até mesmo para validar sua real necessidade”, afirma Elias Sfeir, presidente da ANBC.
Além disso, avalia Sfeir, pesquisar os melhores credores e ofertas, fazer projeções para a quitação do compromisso e até mesmo contar com auxílio profissional para tirar dúvidas e se preparar para as eventuais burocracias tendem a qualificar melhor os empresários que precisam de capital.
O roteiro de orientações da ANBC para as empresas que precisam de crédito inclui as seguintes ações:
Ter clareza em relação à finalidade do recurso: quando abordados sobre a finalidade do crédito, alguns empresários demonstram falta de clareza. É para investimento? É para giro? Para cada finalidade haverá uma modalidade mais indicada, e o credor precisa perceber que o tomador de crédito tem isso claro.
Validar a real necessidade da solicitação: essa é a hora de olhar para dentro do negócio e validar se de fato o crédito é a única opção. Ou pode haver, por exemplo, dinheiro “parado” na forma de estoques ou de recebíveis atrasados?
Fazer a própria análise de crédito: por um instante, vale pensar como o credor que irá avaliar se a empresa conseguirá gerar as receitas necessárias para cobrir outros custos e despesas, além da amortização e juros do empréstimo. Crédito é baseado em confiança. Desta forma, verificar e acompanhar a nota de crédito e trabalhar para mantê-la alta por meio de comportamentos responsáveis sobre crédito pode fazer a diferença.
Preparar projeções para a quitação: para aumentar as chances de aprovação, o empresário deve demonstrar como irá gerar receitas para quitar o empréstimo. Um plano de negócios, projeção de faturamento e resultados financeiros são bem-vindos nessa etapa.
Pensar nas garantias: nesse quesito, vale consultar a possibilidade de contratar com o aval de fundos garantidores de empréstimo, que complementam a garantia dada pelo empresário ou outros tipos de garantia.
Pesquisar o melhor credor: nem sempre a instituição financeira com a qual a empresa mantém um relacionamento oferece a melhor opção de empréstimo. Por isso, é válido verificar programas do governo, cooperativas, fintechs e marketplace de crédito antes de tomar qualquer decisão.
Contar com auxílio profissional: buscar uma assessoria profissional na hora de contratar um empréstimo pode ser uma boa opção caso falte experiência em como pedir crédito. Há empresas que oferecem esse serviço aos pequenos negócios, auxiliando na busca por opções mais baratas e rentáveis. Além das consultorias, há órgãos que disponibilizam a informação na internet, como NAC, Sebrae e Banco Central, por exemplo.
Antecipar-se às burocracias: a documentação exigida é importante para o credor conhecer melhor a quem está emprestando recursos. Disponibilizar documentos da empresa, de sócios, declaração de pagamento de impostos e outros pode facilitar a busca por crédito.
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